terça-feira, 8 de maio de 2012

Crônicas Além do Absurdo: Alexandre Pires e o autorracismo

Desde quando este projeto de jornalista se entende por gente, a história sempre mostrou que o racismo contra os afro-descendentes sempre foi praticado por brancos.

Mas uma notícia que circula desde o inicio da semana, além das fotos de Carolina Dieckmann nua, e das histórias do Carlinhos Cachoeira com a politicada e os poderosos, tem chamado a atenção:

O clipe da música “Kong”, lançada em janeiro pelo cantor Alexandre Pires, virou alvo de investigação do Ministério Público Federal. Segundo o procurador em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Frederico Pelluci, a denúncia partiu da Ouvidoria Nacional. O órgão identificou conteúdo racista no vídeo que exibe homens vestidos de macacos com mulheres ao redor de uma piscina. Um processo administrativo foi aberto no município para apurar o caso.
Na última quinta-feira, o procurador ouviu Alexandre Pires, mas o conteúdo do depoimento não foi revelado. Segundo o procurador, novas testemunhas ainda serão intimadas a depor. No clipe da música, outros famosos aparecem na companhia do Alexandre Pires, como o jogador Neymar e o cantor Mr. Catra, que também está vestido com roupa de macaco.
O vídeo exibe homens vestidos de macacos se divertindo com mulheres de biquíni. O refrão da música repete a palavra “kong” várias vezes e um dos trechos diz: “O bonde do kong não vacila, é instinto de leão com pegada de gorila ”.

Estado de Minas e Uai, 7 de maio de 2012.

Essa notícia seria normal, se não tivesse um porém: Alexandre Pires, Neymar e Mr. Catra são afro-descendentes. Vou repetir: ALEXANDRE PIRES, NEYMAR E MR. CATRA SÃO AFRODESCENDENTES!

E ainda assim, o Ministério Público Federal, decidiu investigar a tal música e o clipe desta por um suposto racismo, quer dizer, autorracismo presente nestes dois conteúdos.

Neste caso, tenho que copiar um pensamento de Reinaldo Azevedo, colunista e blogueiro de Veja: Fico cá a imaginar o sr. Pelucci a perguntar a Alexandre Pires: “O senhor não acha que foi desrespeitoso com a raça negra?…”

*Aliás, criei uma nova palavra: autorracismo, que nada mais é o racismo contra alguém que é da mesma cor, sexo, religião ou classe social.



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