domingo, 17 de março de 2013

O que a Band podia fazer pela Esportes FM BH

Desde o dia 1º de fevereiro, a 94,1FM de Belo Horizonte deixou de ter programação local e passou a retransmitir a grade nacional da Bradesco Esportes FM.

A grade local a que me refiro, é a grade da Esportes FM da capital mineira, projeto que foi encerrado, com parte da equipe indo para a BandNews(89,5FM).

Bom, a ideia da Esportes BH, assim como a da Bradesco Esportes(SP – 94,1FM/RJ - 91,1FM) e como a da Esportes POA(Porto Alegre – 90,3FM), foi do Grupo Bandeirantes, em parceira com o Grupo Bel(detentor das 4 frequências e responsável pelo suporte técnico) e o Bradesco(patrocinador das frequências paulistana e carioca).

Os motivos para a Band Minas ter encerrado o projeto, de maneira temporária, foram o baixo número de anunciantes, a baixa audiência e a fraca cobertura, devido a sintonia fraca e a concessão presente em outra cidade.

O fim(temporário, lembrando) do projeto causou, tanto a demissão de vários profissionais, como Emerson Rodrigues(narrador vindo da Inconfidência) e Fábio Pinel; quanto o remanejamento de alguns profissionais para a BandNews FM 89,5.

Mas os problemas, apontados, pela Band Minas, como causas da interrupção da Esportes FM BH, podiam (e muito bem) ser superados:

Cobertura Fraca: Se a potência, o sinal e a cobertura da Esportes eram ruins, fracos, diga-se de passagem, a Band Minas tinha duas soluções, desperdiçadas, em mente:

  1. A Band podia ajudar o Grupo Bel a melhorar o sinal e a cobertura e a aumentar a potência da 94.1 para a Esportes poder chegar mais clara e forte para a toda a população da capital mineira.
  2. Se isso não fosse possível, a Band Minas poderia, e teria que, cortar na carne, já que tem outras duas rádios na cidade: a BandNews(89,5) e a Nativa(103,9). Cortar na carne, no seguinte sentido: passar uma das duas rádios para a 94.1, enquanto a Esportes fosse para o lugar de uma delas. Exemplos: Esportes(89,5) e BandNews(94,1), ou Esportes(103,9) e Nativa(94,1). Motivo para isso: BandNews e Nativa ocupam frequências privilegiadas, já conhecidas pelos belo-horizontinos(ainda mais no caso da Nativa, já que esta entrou no lugar da Extra FM, em vez de começar em uma frequência novata na cidade, ou ocupar o lugar de uma rádio desnecessária, como as evangélicas existentes). E no caso da Nativa, a coisa é ainda mais curiosa, afinal de contas, a Band podia ter feito o seguinte: estrear a Nativa na frequência da Esportes, e a Esportes no lugar que hoje é da Nativa. Com a Esportes em uma frequência mais lembrada no dial, como a 103.9(hoje Nativa), a audiência podia ser ainda maior.

Some-se a isso, uma equipe que só priorizava o futebol, o que podia acontecer em rádios como Itatiaia, Inconfidência, Globo, CBN, 98(que é do Grupo Bel) e a BandNews, menos em uma rádio que queria ser o microfone de todos os esportes. Se contratassem gente que fala de vôlei, basquete, tênis, atletismo, enfim, se cada esporte tivesse uma voz na Esportes, o ouvinte poderia se interessar, mas os outros esportes tinham importância menor na 94.1FM de BH. Não que a equipe era ruim, ou a Esportes era só futebol, mas se pudessem ser como as rádios de Rio e São Paulo, a Esportes BH pudia ter tudo para seguir em frente.

Se o hiato foi causado por baixa audiência e baixos anunciantes, a má-divulgação da rádio também contribuiu. Só anúncios na Veja BH e na internet de nada adiantam. É preciso anunciar também na parte traseira dos ônibus, nos abrigos dos itinerários, usar outdoor, entre outros, e, principalmente, ter divulgado a rádio para os ouvintes da BandNews e da Nativa, e para os telespectadores da Band Minas. Nesse caso o erro foi maior, afinal de contas, quando a Nativa estava na iminência de estrear em BH, ela foi anunciada à exaustão na Band Minas. Aliás, tá faltando mais divulgação para a Nativa BH por parte da Band e da BandNews, porque só a Nativa se auto-divulgando, não dá(Alô Zé Saad Duailibi!).

Além desses erros, o egoísmo e a falta de uma ajuda maior foram outras causas para o encerramento temporário da Esportes em BH:

  1. A ajuda maior seria do Bradesco, mas o bairrismo Rio-São Paulo falou mais alto, tanto que o nome Bradesco Esportes ficou apenas para as rádios das duas praças citadas, com BH e POA ficando apenas com o nome Esportes. O sucesso da Rede Oi FM foi devido a expansão da rádio as cidades em questão, por conta do uso da tal marca. Resumo da Ópera: BH e POA podiam ter também a marca Bradesco compelmentando o nome da Esportes.
  2. O egoísmo ficou por conta das rádios de BH e Porto Alegre não terem repartido as suas jornadas com a BandNews, principalmente por conta do baixo alcance da Esportes nas duas praças. Aí é que entrou aquele lance da escolha por melhorias técnicas, ou por “cortar na carne”(no nosso caso: Esportes (de 94,1 para 89.5, no lugar da BandNews ou 103.9, no lugar da Nativa); BandNews(de 89,5 para 94,1 ou 103,9) e Nativa(de 103,9 para 94,1 ou 89,5)).

Bom, já dei os motivos para a Esportes ter continudade em BH e até ter melhorado em Porto Alegre. Se o Grupo Bandeirantes, aqui em Minas não teve, pelo menos, o interesse de ler este pequeno apelo de um representante dos ouvintes mineiros, pelo menos fiz a minha parte. Posso estar louco, mas esse é o meu ponto de vista sobre o que a Band Minas podia ter feito pela sobreviência da versão mineira d “A Rádio do seu Esporte”.

(P.S.: Edu César, do Papo de Bola, Rodney Brocanelli, do Rádioamantes, e Anderson Diniz Bernardo, do Mídia Clipping, aqui vai o texto para poder ser repercutido se vocês quiserem)



Um comentário:

  1. Só um comentário: melhorar a potência de uma emissora não é um processo tão simples. Tem que entrar com solicitação na Anatel. A entidade, por sua vez, faz todo um estudo para ver se isso é viável. Abraços e obrigado pela recomendação.

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