sábado, 5 de novembro de 2011

O Saldão do Pan, com Karl Santos e a @revistaabsurda

Pois, é, o Pan-Americano de Guadalajara acabou há 1 semana, quase, e o nosso novo integrante, @karlwss, fez ontem, um catadão do evento para o pessoal dos nossos parceiros da Revista Absurda.
Pois, é, pedi para ele fazer esse catadão por aqui, mas a mesma coisa em dois blogs ficaria difícil, mas como aqui até o impossível acontece, resolvemos trazer esse mesmo catadão para cá, leia:

A Esportiva: Saldão do Pan 2011


Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara terminaram no último dia 30 de outubro. Foi uma grande festa realizada pelos mexicanos, que prometeram, em breve, lutar para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de novo – a primeira foi na Cidade do México.
A participação brasileira foi inferior à dos Jogos do Rio, em 2007, em número de medalhas. No México foram 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes, totalizando 141 medalhas. Por aqui, foram 54 ouros, 40 pratas e 67 bronzes, total de 161 medalhas – 20 a mais que em Guadalajara.
Os Estados Unidos foram os grandes campeões da edição – como sempre. Cuba ficou em segundo no quadro de medalhas, com mais ouros que o Brasil, em terceiro, mas com menos medalhas. O Canadá decepcionou e ficou em quinto. A surpresa foi o México, em quarto.
Atletismo e Natação


A natação, mais uma vez, foi o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil. 10 ouros, 8 pratas e 6 bronzes. Thiago Pereira – o Mr. Pan – levou 6 ouros, 1 prata e 1 bronze – um terço das conquistas aquáticas. De quebra, Pereira quebrou o recorde de Hugo Hoyama. César Cielo, campeão olímpico, conquistou 4 ouros. Leonardo de Deus, da polêmica touca da Yakult e Felipe França também conquistaram ouros.
O nado sincronizado e a maratona aquática também trouxeram medalhas para o Brasil. Dois bronzes e uma prata, respectivamente.
Já no atletismo, o grande destaque foi para o ex-catador de lixo Solonei Rocha que venceu a maratona. O Brasil levou o ouro na maratona masculina em todas as edições do Pan desde Winnipeg, em 1999, com Vanderlei Cordeira de Lima, que acabou conquistando o bicampeonato em 2003, na República Dominicana. Franck Caldeira, em 2007, conquistou no Rio.
Adriana Silva também venceu a maratona feminina, formando assim, uma dobradinha inédita. Outros destaques vão para Rosângela Santos e Ana Cláudia Lemos, nos 100 e 200 metros, respectivamente; Lucimara da Silva no heptatlo e a são-paulina Maurren Maggi, no salto em distância. Fabiana Murer foi prata no salto com vara. No lado masculino, além de Solonei, Marílson Gomes e Leandro Oliveira foram destaques.
Soberanos no vôlei


No Twitter, já diziam todos: o Brasil é o país do voleibol. Futebol? Não. As seleções masculina e feminina conquistaram o ouro em solo mexicano, ambos vencendo Cuba na final. A seleção feminina teve mais trabalho, venceu as cubanas por 3 a 2, sem Jaqueline – que foi cortada após lesão na coluna. Vingaram a final de 2007 no Brasil, quando Já os homens, sem Bernardinho que prepara a seleção principal para torneio nesse mês e, com a seleção reserva, venceu Cuba por 3 a 1. Bicampeões.
No vôlei de praia, o Brasil levou o ouro no masculino e no feminino. Alisson e Emanuel, Juliana e Larissa, venceram Venezuela e México na final, respectivamente. Sem dúvida, o Brasil é o país do vôlei.
Decepção no futebol e no basquete

Os homens decepcionaram. Tanto no futebol, quanto no basquete. Não sei qual queda foi pior. Vamos começar pelo esporte de menor tradição no país. No basquete, o Brasil só venceu a fraca seleção uruguaia. Perdeu para os EUA, após abrir 17 pontos de vantagem. A queda para os dominicanos foi quase da mesma forma. A diferença é que 20 pontos foram de vantagem foram abertos. Eliminados na primeira fase. O campeão foi Porto Rico.
Da mesma forma foi o futebol. O empate com a seleção argentina foi considerado normal.
No entanto, o 0 a 0 com a fraca seleção de Cuba e a derrota vexatória para a Costa Rica, por 3 a 1, culminaram na precoce eliminação brasileira, na competição. O deputado e comentarista da TV Record, Romário, criticou a CBF pelo fracasso. Também acho que a Globo e Ricardo Teixeira tem um dedo nisso.
As “meninas” se saíram melhor. No basquete, a primeira fase foi 100%, com direito a um 116 a 34 na Jamaica. Na semifinal, as brasileiras foram eliminadas pelas campeãs, porto-riquenhas. Conquistaram o bronze, vencendo a Colômbia na decisão do terceiro lugar. Pelo menos, honraram a camisa amarela.
O futebol feminino também correspondeu. Mesmo com a prata. Vitória sobre a Argentina e Costa Rica. O empate em 0 com o Canadá. Na semifinal, uma vitória suada diante do México por 1 a 0. Maurine, que perdeu o pai dias antes, fez o gol da partida. Na final, o Brasil saiu vencendo por 1 a 0. Mas, aos 42 do segundo tempo, Sinclair marcou de cabeça. E o 1 a 1 se estendeu pela prorrogação. Nos pênaltis, LeBlanc defendeu dois e deu o ouro para o Canadá. As mulheres honraram a camisa amarela. Só elas mesmo.
No handebol, Brasil 1 x 1 Argentina

O curioso placar de 1 a 1 tem explicação. Para variar, o handebol feminino se deu melhor. Venceu as “hermanas” e conquistou o tetracampeonato pan-americano. Em contrapartida, os “hermanos” venceram os brasileiros na final e nos deixaram com a prata. As seleções campeãs já tem vaga garantidas para as Olimpíadas de Londres, em 2012.
Inédita medalha no Levantamento de Peso

Fernando Reis conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil no halterofilismo. Levantou 410 kg, sendo 185 kg no arranque e 225 kg no arremesso. Quebrou o recorde dos Jogos Pan-Americanos.
Ginástica Artística, Rítmica e Judô


A Ginástica Ritmica trouxe três ouros para o Brasil. No Grupo Geral, nas 5 bolas e nos 3 aros + 2 fitas – termos que nós leigos não compreendemos, mas são estes. Angélica Kvieczynski ainda conquistou 1 prata e 4 bronzes, na modalidade.
Já a Ginástica Artística masculina, conquistou três ouros. Diego Hypólito conquistou todos, 2 individualmente e um por equipes. Arthur Zanetti trouxe uma prata. No feminino, Danielle Hypólito ganhou dois bronzes.
O Judô também se saiu bem. Muito bem. Nas 7 categorias, no masculino, o Brasil venceu 6. Felipe Kitadai, Leandro Cunha, Bruno Mendonça, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Luciano Correa foram campeões. Rafael Silva recebeu a prata na outra categoria. As mulheres conquistaram 2 pratas e 4 bronzes.
Outras medalhas

Boliche – sim é um esporte do PAN – badminton, saltos ornamentais, taekwondo e squash trouxeram um bronze apenas. O Boxe conquistou 7 medalhas – 2 pratas e 5 bronzes. Hugo Hoyama conquistou, aos 42 anos, o ouro no tênis de mesa por equipes. O décimo em PANs.
O Caratê trouxe 1 ouro e 4 bronzes. Canoagem, Esgrima, Esqui Aquático, Hipismo, Luta Livre, Pentatlo Moderno, Polo Aquático, Remo, Tiro Esportivo, Trampolim Acrobático, Triatlo e Tênis, foram outras modalidades em que o Brasil conquistou medalhas.
Curiosidades do PAN

O mesa-tenista Hugo Hoyama se tornou o maior medalhista de ouro do Brasil nesta edição dos Jogos, após conquistar sua décima medalha. Na mesma edição, entretanto, seu recorde foi superado pelo nadador Thiago Pereira, que recebeu sua décima primeira medalha de ouro.
Leonardo de Deus, estreante dos Jogos Pan-Americanos, recebeu sua medalha de ouro na natação e logo após foi desclassificado devido à sua toca ter mensagens de patrocinadores. Porém, os organizadores do evento foram convocados e sua medalha foi devolvida. O assunto chegou a um dos mais comentados no Twitter. Leonardo tornou-se também, um dos primeiros estreantes dos jogos a conquistar uma medalha de ouro.
>>>>>>>> Próxima parada...
Aí está, o resumão do Pan, e prometo, ano que vem, tem cobertura das Olimpíadas por aqui, com Além do Tempo Real e tudo.

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